Desde que me conheço por gente que escuto
histórias sobre a seca no Nordeste, sobre o flagelo que isso provoca, e entra
governo e sai governo e nada de concreto é feito para amenizar os efeitos de uma
estiagem secular que castiga o Nordestino e impede boa parte da região de se
desenvolver e oferecer condições dignas de sobrevivência ao seu
povo.
Diante de um iminente colapso no
abastecimento de água na Paraíba e de uma triste realidade de dezenas de
municípios que hoje só têm água por causa dos carros-pipa, e que irá atingir,
muito em breve, cerca de 500 mil pessoas, com mais ênfase na região sertaneja e
também na Borborema, é natural que as atenções se voltem para essa
questão.
A
semana passada, a ALPB realizou uma audiência pública para debater a crise
hídrica que castiga a Paraíba em tempos atuais de forma ainda mais cruel. Não
pude participar dos debates porque, como já é de conhecimento público, estou de
licença médica para me tratar de um problema na coluna, mas acompanhei
atentamente pela TV ALPB, as colocações tanto dos deputados, como dos convidados
e ainda do competente técnico e secretário de Estado, João Azevedo, que nos
esclareceu e nos tranquilizou que se não chover nos próximos dias em Boqueirão,
ainda teremos água até junho do próximo ano, levando em consideração as
condições atuais. Mas, algo precisa ser feito antes da água virar lama nas
torneiras.
A conclusão que chego é que falta mais união
e convergência para a resolutividade deste grave problema, que atinge todos
indistintamente, ou seja, quem é governo ou quem não é governo, já que a falta
de água não escolhe cor, partido, sigla, coligação, é o verdadeiro entrave para
que soluções, mesmo emergenciais, sejam efetivamente colocadas em
prática.
A solução, a meu ver, está na convergência de
forças, em uma maior união da classe política, que precisa derrubar muros
ideológicos e partidários e se dar as mãos na busca de soluções que matem a sede
de nossa gente. Isto porque, sem água não há vida. Simples
assim...
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