Desde que foi inaugurado, no dia 13 de março de 1987, o teatro Santa
Catarina, que fica às margens da BR 230, na entrada da cidade de Cabedelo, é
administrado pelo município em regime de comodato. Isso impede que a
Prefeitura, administradora da casa de espetáculos desde então, tenha autonomia
para fazer intervenções no local que precisa de reforma, ampliação e novos
equipamentos. Mas, essa situação está prestes a ser revista, graças a uma
iniciativa do deputado estadual Artur Filho que abraçou a causa que também é defendida pela vereadora Jacqueline
Monteiro, pelo secretário de Cultura da cidade, Wal Marques, pelo diretor da
Casa, Alessandro Neves, e também pelo prefeito Wellignton Viana.
O deputado Artur Filho,
acompanhado de Wal Marques e Alessandro Neves, já se reuniu com a presidente da
Funesc, Márcia Lucena, para formalizar a solicitação do término do contrato de
comodato e a cessão definitiva do teatro, por parte do Governo Estadual, para o
patrimônio da Prefeitura de Cabedelo. “Essa é uma reivindicação justa e
oportuna, uma vez que o município, neste caso, terá melhores condições de
cuidar do teatro e identificar o que ele precisa para atender melhor à
população local. Esse pleito tem meu apoio e defesa e na próxima terça-feira encaminharei
ofício neste sentido ao governador Ricardo Coutinho”, disse Márcia Lucena.
Artur Filho, que é
detentor do mandato de vereador de Cabedelo e está, atualmente, exercendo o
mandato na ALPB, como suplente do deputado Jeová Campos, que se recupera de uma
cirurgia, disse que não há mais sentido esse contrato de comodato que,
inclusive, impede o município de pleitear recursos federais junto ao Ministério
da Cultura para revitalizar o teatro. “Há 28 anos, a Prefeitura administra o
teatro, mas, ele não pertence ao patrimônio municipal o que gera um impeditivo
legal, que tolhe o município em sua autonomia para decidir qualquer reforma,
investimento, ampliação ou mudança no teatro e isso não tem mais o menor
sentido. Já ficamos muitos anos nesta situação. Conhecendo o governador Ricardo
Coutinho e sua moderna e eficiente visão de administrar o patrimônio público, a
expectativa é de que ele decida favorável ao nosso pleito”, destaca Artur.
O secretário de Cultura
de Cabedelo, Wal Marques, afirma que o teatro precisa urgentemente de várias
reformas, inclusive, da ampliação de sua capacidade que, atualmente, é de
apenas 154 lugares e que a Prefeitura já alocou recursos para iniciar as
intervenções. Segundo ele, R$ 312 mil já estão disponíveis no orçamento do
município para iniciar a reforma e ampliação e outros R$ 120 mil para
manutenção. “Fora isso, com o teatro municipalizado, podemos buscar mais
recursos no governo federal para fazer maiores intervenções”, disse ele. O
diretor do teatro Santa Catarina, Alessandro Neves, lembra que a energia do
teatro ainda é monofásica e que os equipamentos são quase todos ultrapassados.
“O que fizemos até agora foram ações paliativas. Precisamos desta autonomia
para poder sonhar com uma casa mais digna para a nossa cidade”, finaliza o
diretor da Casa de Espetáculos.
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