segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

ARTIGO


As crianças de Aleppo precisam de vozes que clamem por Justiça e Paz


Já a algum tempo estamos assistindo na TV e vendo em publicações diversas e na Internet o  massacre de civis na Síria, muitos dos quais crianças que ficaram órfas por causa dos confrontos entre rebeldes e forças governamentais. Não vou entrar no mérito de quem tem a razão. Os dois lados têm suas convicçõs e não me cabe julgá-los. O que pretendo chamar atenção com esse artigo é o quão insano pode chegar um confronto que ignora a dor de pessoas inocentes, que diante de tanta tragédia e insegurança sequer conseguem externar com lágrimas seu sofrimento.

A imagem de crianças atônitas, com olhar que expressa o medo, sendo levadas ao precário hospital que ainda resiste às ruinas da guerra em Aleppo, vista ontem em uma reportagem de TV, me deixou profundamente sensibilizado. Pensei no quão diferente é a vida de meus filhos, dos filhos de meus amigos e de tantas outras crianças que por mais dificuldades que tenham ainda podem olhar para seus pais, sentir a segurança da preseça deles, andar em ruas intactas, viver num ambiente sem bombas, enfim, serem crianças normais, mantendo suas fantasias e sonhos.

E antes que me questionem sobre os problemas das crianças vividos no Brasil ou em países em desenvolvimento ou ainda àqueles que morrem de fome, adianto-me que essa minha preocupação com as crianças da Síria, que vivem o terror da guerra, têm seus sonhos tolhidos por bombas que lhe ameaçam a todo instante e cujo futuro é incerto e triste, em nada exclui a minha preocupação com essas outras situações mais próximas de nós. Por esses, eu ainda posso lutar, pedir mais escolas, uma melhor saúde pública, moradias mais dignas, professores mais qualificados, etc, pelas crianças da Síria só posso externar minha indignação, minha trsteza, meu repúdio a toda forma de luta que atinge pessoas inocentes, que vitimiza crianças, que as deixam órfãs não apenas de pais e familiares, mas, sobretudo de esperança.

Com acesso a muito pouco alimento, combustível, água, suprimentos e médicos, sofrendo com o frio intenso e com a incerteza se estarão vivas no minuto seguinte, as cianças de Aleppo e de todas as outras áreas e zonas de conflito bélico, precisam mais de que nossas orações, precisam de vozes que ecoem mundo afora o drama que estão vivendo, ou melhor, sobrevivendo! De vozes que clamem por justiça e paz. Eu resolvi fazer a minha parte. E você?

Artur Filho.

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